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Abstract
Ao se abster de levantar qualquer problema de ordem ontológica a respeito da Verdade, a semiótica de Greimas se afastou da lógica dos lógicos e da tradição filosófica, focalizando a atenção, desde a origem, sobre os processos intersubjetivos e cognitivos do fazer crer verdadeiro. Mais recentemente, a sociossemiótica, distanciando-se, por sua vez, dos postulados da semiótica standard, efetuou um outro passo adiante: acabou com o domínio exclusivo da dimensão cognitiva e destacou a importância do fator sensível, especialmente no âmbito da política. Isso conduziu a admitir que, ao lado dos cidadãos que concordam (ou se opõem) por convicção, baseando-se em “verdades” provadas ou negociadas, uma minoria importante acredita por contágio, confiando em formas de “verdade” revelada ou experimentada. Para dar conta dessa diversidade das dinâmicas de adesão política e compreender as distintas concepções da “verdade”, nós postulamos que cada um dos regimes veridictórios em pauta encontra sua base, sua coerência e seu sentido no quadro de um determinado regime interacional que o engloba e o rege. O objetivo do artigo é evidenciar a lógica destas correspondências.