Abner Dias Sales, O. Almeida, M.F. Brabo, Bruno Ribeiro da Silva Junior
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Abstract
A pesca, em especial a artesanal, se constitui em uma das atividades econômicas mais importantes dos municípios do litoral amazônico brasileiro, visto que gera postos de trabalho e renda para uma parcela significativa da população local. O objetivo deste estudo foi evidenciar aspectos tecnológicos desta atividade e socioeconômicos dos pescadores artesanais nos municípios de Bragança e Augusto Corrêa, estado do Pará. Os dados foram provenientes de 1.145 entrevistas com esses atores sociais entre os anos de 2015 e 2016, com a análise de dados ocorrendo por meio de estatística descritiva. Constatou-se que 71% dos pescadores atuava na captura de peixes, adotando a rede de emalhar, o espinhel e o curral de pesca como apetrechos, enquanto 29% praticava a pesca de crustáceos, com puçá de arrasto, muruada, braceamento e gancho. A idade média era de 39 anos, a escolaridade predominante era o Ensino fundamental incompleto e a maioria contava com residência própria. A baixa renda, a organização social pouco atuante no sentido de prover alternativas de capitalização aos pescadores e a forte dependência aos intermediários eram os principais desafios a serem superados, o que perpassa obrigatoriamente pela atuação eficiente de órgãos de fomento, assistência técnica e extensão rural e agentes financeiros.