Monique Batista de Oliveira, G. Barata, Mariana Hafiz, Melanie Benson Marshall, Stephen Pinfield
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Abstract
Introdução: A pandemia da Covid-19 produziu um grande volume de dados científicos e fomentou práticas abertas de ciência em função do compartilhamento de dados para o controle do vírus Sars-CoV-2. Tal cenário gerou oportunidades para o movimento da Ciência Aberta (CA). Objetivo: O intuito deste artigo é mapear as narrativas circulantes sobre práticas de CA durante a pandemia – com destaque aos debates sobre acesso público ao conhecimento e a práticas e valores características de Equidade, Diversidade e Inclusão (EDI). Metodologia: Realizou-se análise documental e temática de 30 artigos científicos, notícias na imprensa, posts de blogs e materiais institucionais publicados em português obtidos mediante busca por palavras-chave no SciELO, Google e bibliotecas da Câmara e do Senado. Resultados: Observou-se que 36,6% (11) dos documentos mencionaram valores de EDI, enquanto 70% (21) incluíram discussões sobre acesso público e universal ao conhecimento. Os textos poderiam apresentar ambas as temáticas, sendo contabilizados tanto na categoria de EDI quanto de acesso público. Da amostra, 23% (7) não mencionaram nenhuma dessas duas categorias e 77% apresentaram ao menos uma delas. Conclusão: De modo geral, o uso da ciência aberta foi associado à rápida produção de respostas para a pandemia, o que levanta questões sobre a continuidade de práticas abertas em períodos em que essa urgência não esteja presente. Quanto ao debate sobre EDI, embora ainda incipiente, a pandemia apresenta oportunidades de coprodução do conhecimento e práticas mais inclusivas — com experiências de debates públicos em tempo real da construção de evidências.