{"title":"Surfando à beira da falésia ou como o historiador navega e escreve em tempos de rede mundial de computadores","authors":"Durval Muniz Alburquerque Júnior","doi":"10.5216/hr.v26i2.68278","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse texto aborda os desafios enfrentados pelos historiadores na contemporaneidade, esse tempo cada vez mais líquido e fugidio. Ele propõe que abramos mão de qualquer ilusão em torno da existência de um solo firme para a produção do conhecimento histórico, de qualquer ponto fixo em que residiria a verdade histórica, mesmo que seja uma beira de falésia, para nos lançarmos na aventura de construir conhecimento e verdades, de inventarmos o passado, nos lançando no interior do mar do tempo e da história, onde a realidade é o movimento e a mudança incessantes. Substituamos o historiador contemplativo e amedrontado à beira da falésia, ainda buscando nas práticas sociais uma tábua de salvação, pelo historiador-surfista, conhecendo ao se deslocar, ao se mover, ao se por a prova na crista das ondas de nosso tempo, tempo de navegações e piratarias na rede mundial de computadores, na aventura de tentar impedir que a vontade de verdade, em nosso campo, venha naufragar.","PeriodicalId":30968,"journal":{"name":"Historia Revista","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Historia Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/hr.v26i2.68278","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esse texto aborda os desafios enfrentados pelos historiadores na contemporaneidade, esse tempo cada vez mais líquido e fugidio. Ele propõe que abramos mão de qualquer ilusão em torno da existência de um solo firme para a produção do conhecimento histórico, de qualquer ponto fixo em que residiria a verdade histórica, mesmo que seja uma beira de falésia, para nos lançarmos na aventura de construir conhecimento e verdades, de inventarmos o passado, nos lançando no interior do mar do tempo e da história, onde a realidade é o movimento e a mudança incessantes. Substituamos o historiador contemplativo e amedrontado à beira da falésia, ainda buscando nas práticas sociais uma tábua de salvação, pelo historiador-surfista, conhecendo ao se deslocar, ao se mover, ao se por a prova na crista das ondas de nosso tempo, tempo de navegações e piratarias na rede mundial de computadores, na aventura de tentar impedir que a vontade de verdade, em nosso campo, venha naufragar.