“Uma questão de despertar vozes contrárias”

L. Villas-Boas
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Abstract

Este ensaio argumenta que a imaginação histórica do romance Foe (1987), de J. M. Coetzee, extrapola a noção de metaficção histórica. Mostra que o entrelaçamento entre o literário e o histórico reside na ficção de um futuro do passado, anterior à publicação das obras de Daniel Defoe, Robinson Crusoé (1719) e Roxana: The Fortunate Mistress (1724). É a ficção de um futuro do passado aberto, ainda indeterminado, que possibilita ao romance contrapor-se às narrativas fixadas posteriormente por Defoe. A partir de reflexões sobre a teoria da história, sugere-se que a disputa em torno da autoria e da narrativa romanesca pressupõe a diferença entre experiência histórica e representação literária. Além de evocar e contestar modelos e códigos da comunicação literária setecentista, Foe reflete sobre os limites da representação e a incomensurabilidade da história.
“唤醒反对声音的问题”
本文认为库切的小说《敌人》(1987)的历史想象超越了历史元小说的概念。在丹尼尔·笛福、鲁滨逊·克鲁索(1719)和罗克珊娜:幸运的情妇(1724)的作品出版之前,文学与历史的交织就存在于过去的未来小说中。这是一种对过去开放的未来的小说,仍然不确定,这使得小说能够反对笛福后来建立的叙事。通过对历史理论的反思,我们认为关于作者身份和小说叙事的争论预设了历史经验和文学表现之间的差异。除了唤起和挑战18世纪文学传播的模式和规范外,《福》还反思了表现的局限性和历史的不可通约性。
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