Aldeir José Da Silva, Fernando Carvalho Dos Santos, Wanderson de Souza Lugão, Wendel Demarque Fernandes, P. Bordoni, L. Bordoni
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Abstract
A mumificação natural (MN) é um fenômeno transformativo conservador no qual os tecidos moles se preservam da marcha putrefativa por desidratação intensa. Uma vez que a presença de água tanto nos tecidos como no ambiente favorece proliferação bacteriana e estabelecimento da entomofauna, locais secos (quentes/frios) favorecem MN. Tais condições podem ser encontradas em todo o território nacional, uma vez que dizem respeito não apenas ao clima, mas às condições do local o corpo se encontra. A pele é a estrutura geralmente mais preservada na MN e apresenta grande interesse forense pois pode fornecer elementos para o esclarecimento da circunstância e para a causa da morte, bem como contribuir para a identificação. O método datiloscópico de identificação é o de melhor custo-benefício, mas a intensa perda de água pelos tecidos mumificados endurece e enruga a pele, prejudicando a comparação. Várias são as técnicas necropapiloscópicas utilizadas em dedos mumificados, mas como há particularidades em casos individuais, quanto maior o arsenal técnico disponível, maiores as chances de um registo adequado. Entretanto, é possível que após cuidadosa limpeza das polpas digitais o simples registro fotográfico seja suficiente para a identificação, como demonstrado nesse trabalho, sem a necessidade de procedimentos para a hidratação cutânea. A técnica descrita se destaca pela simplicidade, rapidez e baixo custo, o que permite sua aplicação em locais com pouca estrutura. Os autores esperam que a divulgação desta técnica contribua para sua utilização na prática forense e que estimule estudos sobre a mesma.