{"title":"Uma análise exploratória do papel dos incentivos monetários no desempenho de carbono de empresas brasileiras","authors":"J. Prates, A. Cabral","doi":"10.5007/2175-8069.2022.e83185","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Há muitas informações sobre mecanismos capazes de motivar a redução voluntária de emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelas empresas. Entretanto, há uma lacuna na investigação dos efeitos que incentivos monetários fixos e não fixos aos executivos (que tomam decisões sobre estas questões) poderiam ocasionar. Foram analisadas 31 empresas listadas na B3 que divulgaram inventários de emissões (GEE) entre 2012 e 2019. Conduzimos uma análise exploratória, com o uso análise documental de divulgações não financeiras e um painel dinâmico de duas fases (GMM-SYS) para controlar potenciais problemas de endogeneidade. Os resultados são robustos e sugerem a eficácia desses incentivos monetários na redução das emissões de GEE. Nossos principais resultados são: i) Existe uma relação positiva e contemporânea entre incentivos monetários e reduções de emissões de carbono. ii) O ROA e Ativo Total apresentaram relação positiva e significante com as emissões assim quanto maior e mais lucrativa a empresa, maiores são as emissões; iii) Apesar das leis ambientais ineficientes sobre GEE, as empresas brasileiras parecem oferecer voluntariamente incentivos para reduzir as emissões de carbono. Nossos resultados são relevantes especialmente para reguladores e acionistas, pois fornecem subsídios para o controle de emissões em países em desenvolvimento como o Brasil e alinham interesses.","PeriodicalId":30482,"journal":{"name":"Revista Contemporanea de Contabilidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Contemporanea de Contabilidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-8069.2022.e83185","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Há muitas informações sobre mecanismos capazes de motivar a redução voluntária de emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelas empresas. Entretanto, há uma lacuna na investigação dos efeitos que incentivos monetários fixos e não fixos aos executivos (que tomam decisões sobre estas questões) poderiam ocasionar. Foram analisadas 31 empresas listadas na B3 que divulgaram inventários de emissões (GEE) entre 2012 e 2019. Conduzimos uma análise exploratória, com o uso análise documental de divulgações não financeiras e um painel dinâmico de duas fases (GMM-SYS) para controlar potenciais problemas de endogeneidade. Os resultados são robustos e sugerem a eficácia desses incentivos monetários na redução das emissões de GEE. Nossos principais resultados são: i) Existe uma relação positiva e contemporânea entre incentivos monetários e reduções de emissões de carbono. ii) O ROA e Ativo Total apresentaram relação positiva e significante com as emissões assim quanto maior e mais lucrativa a empresa, maiores são as emissões; iii) Apesar das leis ambientais ineficientes sobre GEE, as empresas brasileiras parecem oferecer voluntariamente incentivos para reduzir as emissões de carbono. Nossos resultados são relevantes especialmente para reguladores e acionistas, pois fornecem subsídios para o controle de emissões em países em desenvolvimento como o Brasil e alinham interesses.