{"title":"O dia que o audiovisual invadiu a aula de geografia e (des)norteou o cinema","authors":"Valéria Cazetta, Ingrid Rodrigues Gonçalves","doi":"10.20396/ETD.V23I2.8661484","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nosso intuito, neste texto, e apresentar os resultados de um estudo realizado pela Rede internacional de pesquisas “Imagens, geografias e educacao” acerca de como professoras/es de geografia relacionam cinema e praticas docentes. Valemo-nos de parte das respostas desse estudo para ponderar como materiais cinematograficos e audiovisuais sao empregados nas ambiencias escolares. Relacionamos tais ponderacoes com macrodiretrizes do setor audiovisual brasileiro e observacoes acerca do uso corriqueiro do audiovisual em nossas vidas na contemporaneidade. Nossa hipotese de trabalho e que o encontro entre geografia, cinema, audiovisual e educacao acontece numa fronteira tenue, especialmente no contexto da sociedade educativa –epicentro de um modo de vida alicercado no aprendizado vitalicio, que tem nos materiais audiovisuais uma de suas grafias fulcrais. Para esquadrinhar essa hipotese, articulamos quatro pecas discursivas por meio de uma analise micropolitica e concluimos que, a partir do referido encontro, haveria algo de paradoxal em torno do que viria a ser o sentidoe o nao-sentidona educacao geografica. O sentidocostuma ser entabulado, na esteira das pedagogias construtivistas, a axiomatica de que, para aprender, e condicao sine qua nondespertar o interesse dos estudantes para algo ou alguma coisa. O nao-sentidoseria o oposto disso, ou seja, acontecimentos rotineiros que, ao atravessarem e modificarem as dinâmicas do tecido social, adentrariam as aulas de geografia, embaralhando as fronteiras entre o cinema eo audiovisual.","PeriodicalId":42482,"journal":{"name":"ETD Educacao Tematica Digital","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ETD Educacao Tematica Digital","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/ETD.V23I2.8661484","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Nosso intuito, neste texto, e apresentar os resultados de um estudo realizado pela Rede internacional de pesquisas “Imagens, geografias e educacao” acerca de como professoras/es de geografia relacionam cinema e praticas docentes. Valemo-nos de parte das respostas desse estudo para ponderar como materiais cinematograficos e audiovisuais sao empregados nas ambiencias escolares. Relacionamos tais ponderacoes com macrodiretrizes do setor audiovisual brasileiro e observacoes acerca do uso corriqueiro do audiovisual em nossas vidas na contemporaneidade. Nossa hipotese de trabalho e que o encontro entre geografia, cinema, audiovisual e educacao acontece numa fronteira tenue, especialmente no contexto da sociedade educativa –epicentro de um modo de vida alicercado no aprendizado vitalicio, que tem nos materiais audiovisuais uma de suas grafias fulcrais. Para esquadrinhar essa hipotese, articulamos quatro pecas discursivas por meio de uma analise micropolitica e concluimos que, a partir do referido encontro, haveria algo de paradoxal em torno do que viria a ser o sentidoe o nao-sentidona educacao geografica. O sentidocostuma ser entabulado, na esteira das pedagogias construtivistas, a axiomatica de que, para aprender, e condicao sine qua nondespertar o interesse dos estudantes para algo ou alguma coisa. O nao-sentidoseria o oposto disso, ou seja, acontecimentos rotineiros que, ao atravessarem e modificarem as dinâmicas do tecido social, adentrariam as aulas de geografia, embaralhando as fronteiras entre o cinema eo audiovisual.