Danyelle Nóbrega de Farias, Robson Da Fonseca Neves, Geraldo Eduardo Guedes de Brito, Emanuelle Silva de Mélo, Larissa Duarte de Britto Lira, Letícia Mylena Guedes Souza, João Agnaldo do Nascimento, Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro
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Abstract
INTRODUÇÃO: A "síndrome congênita do Zika" compreende um conjunto de sinais e sintomas apresentados por crianças nascidas de mães infectadas durante a gestação. Os RN acometidos por microcefalia apresentam alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, assim, o processo de reabilitação torna-se fundamental para o desenvolvimento das crianças. OBJETIVO: Nessa perspectiva, faz-se necessário considerar o acesso em seu domínio amplo, e compreender as características do acesso de crianças com microcefalia nascidas nos anos de 2015 e 2016 aos serviços de fisioterapia. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, com caráter descritivo. Utilizou-se um questionário validado por quatro especialistas, coletando informações acerca da caracterização socioeconômica e clínica, identificação do tempo entre o encaminhamento das crianças e sobre as características do acesso à reabilitação. RESULTADOS: A amostra deste estudo foi composta por 103 cuidadores de crianças com microcefalia. Observou-se que 93,2% das crianças tiveram encaminhamento para procurar o serviço de fisioterapia e buscaram atendimento, entretanto, nem todas as crianças mantiveram-se em reabilitação. As crianças que tiveram acesso continuado e as que descontinuaram o cuidado em algum momento apresentavam-se de forma semelhante no que diz respeito à frequência de tratamento, realização da fisioterapia em mais de um serviço, tempo de duração da sessão, despendimento de pagamento para exames e interferência na atividade profissional com o tratamento da criança. CONCLUSÃO: As que se mantiveram em acesso sem interrupções, possuíam um auxílio maior do município para deslocamento, além da oportunidade de assistência da rede de apoio ao cuidador, potencializando a manutenção do cuidado.