C. Ribeiro, Daílson Silva Bezerra, A. Lima, Caren Cristina Freitas Fernandes, Míriam Geisa Virgens Menezes, M. Ribeiro
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Abstract
Vitimas de traumatismo cranioencefalico, internadas em unidades de terapia intensiva, frequentemente experienciam dor. A aspiracao traqueal e um procedimento com potencial nociceptivo realizado rotineiramente
nesses pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a dor durante
a aspiracao traqueal em vitimas de traumatismo cranioencefalico
submetidos a ventilacao mecânica. Estudo prospectivo realizado em duas unidades de terapia intensiva de um hospital geral publico em Aracaju, Sergipe, Brasil. Foram realizadas 300 observacoes em 20 vitimas de traumatismo cranioencefalico durante tres dias. A dor foi ava-
liada por meio da versao brasileira da Behavioral Pain Scale e os
parâmetros fisiologicos de frequencia cardiaca e pressao arterial
(sistolica e diastolica). A profundidade da sedacao foi mensurada
pelos escores de Ramsay e da Richmond Agitation Sedation Scale
O teste de Friedman, ANOVA e pos-teste de Bonferroni foram
utilizados para verificar a existencia de diferenca dos escores de
dor e parâmetros fisiologicos nos diferentes momentos da avaliacao. Foi admitida significância estatistica de 5%. A amostra foi composta predominantemente por homens, jovens, do interior do estado, sem comorbidades e com traumatismo cranioencefalico grave. Fentanil e midazolam foram os farmacos mais utilizados para sedacao e analgesia.
Houve alta prevalencia de dor (70,0-85,5%), os escores de dor
foram significativamente mais altos durante a aspiracao traqueal
e os parâmetros fisiologicos nao apresentaram elevacao estatisticamente significativa. Escalas comportamentais validas e confiaveis, como a
Behavioral Pain Scale, devem ser incorporadas a rotina
das unidades de terapia intensiva para nortear o manuseio da
analgesia e sedacao, sobretudo, para prevencao de sofrimento durante procedimentos dolorosos.