{"title":"Os sentidos do grito: modulações de esperança e melancolia na canção “Um grito parado no ar” (1973/2013) e de horror na canção “Febre do rato” (2020)","authors":"G. Assano","doi":"10.22456/1981-4526.110425","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho expõe uma análise ensaística comparativa de três fonogramas: A gravação da canção censurada “Um grito parado no ar”, composta em 1973 para o espetáculo teatral homônimo estreado no mesmo ano e integrada ao LP Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri e Toquinho; a faixa “Um grito parado no ar”, que integra o disco Vasta cidade, festa de ninguém de Bruno De La Rosa, em que a canção de Guarnieri e Toquinho é pela primeira vez gravada sem trechos censurados; e a faixa “Febre do rato”, do disco Rastilho, de Kiko Dinucci, lançado em janeiro de 2020. A partir da contextualização histórica, bem como da identificação de procedimentos formais e estilísticos na unidade entre texto lírico, composição musical e performance nas obras em questão, a reflexão busca situar a distância nas formas de expor perplexidade, esperança, melancolia e horror diante de impasses sociais e políticos de momentos históricos díspares, mas utilizando uma imagem lírica em comum: Um grito que organiza um precipitado de tensões sobre o que não pode ser nomeado na esfera pública.","PeriodicalId":38454,"journal":{"name":"Nau Literaria","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Nau Literaria","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1981-4526.110425","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho expõe uma análise ensaística comparativa de três fonogramas: A gravação da canção censurada “Um grito parado no ar”, composta em 1973 para o espetáculo teatral homônimo estreado no mesmo ano e integrada ao LP Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri e Toquinho; a faixa “Um grito parado no ar”, que integra o disco Vasta cidade, festa de ninguém de Bruno De La Rosa, em que a canção de Guarnieri e Toquinho é pela primeira vez gravada sem trechos censurados; e a faixa “Febre do rato”, do disco Rastilho, de Kiko Dinucci, lançado em janeiro de 2020. A partir da contextualização histórica, bem como da identificação de procedimentos formais e estilísticos na unidade entre texto lírico, composição musical e performance nas obras em questão, a reflexão busca situar a distância nas formas de expor perplexidade, esperança, melancolia e horror diante de impasses sociais e políticos de momentos históricos díspares, mas utilizando uma imagem lírica em comum: Um grito que organiza um precipitado de tensões sobre o que não pode ser nomeado na esfera pública.
哭泣的感觉:歌曲“Um grito parar no ar”(1973/2013)中的希望和忧郁的调节,歌曲“Febre do rato”(2020)中的恐怖
本作品对三张唱片进行了比较分析:录制了1973年为同一年首演的同名戏剧而创作的审查歌曲《Um crio parado no ar》,并与LP Botequim、Gianfranesco Guarnieri和Toquinho融为一体;曲目“一声尖叫停在空中”,融合了布鲁诺·德·拉罗萨的专辑《Vasta cidade,party of no one》,其中首次录制了Guarnieri和Toquinho的歌曲,没有经过审查的节选;以及Kiko Dinucci于2020年1月发行的专辑《Rastilho》中的曲目《Febre do rat》。从历史语境的角度,以及对抒情文本、音乐创作和作品表演之间统一的形式和风格程序的识别,反思试图以揭露不同历史时刻的社会和政治僵局之前的困惑、希望、忧郁和恐怖的方式来定位距离,但使用了一个共同的抒情形象:一种在公共领域无法命名的东西引发紧张情绪的呐喊。