{"title":"NOSSAS LÍNGUAS SÃO CRIOULAS OU \"A\" LÍNGUA NÃO HÁ: MITO? VERDADE? OU INTERPRETAÇÃO?","authors":"L. Branco","doi":"10.5902/2179219433708","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Compreendemos mito e verdade como interpretação, isto é, discurso, aqui definido como efeito de sentido entre interlocutores (Pêcheux, 1997). A partir do tema proposto neste número, refletimos discursivamente sobre o conceito de língua crioula pelas relações entre línguas no espaço simbólico de Cabo Verde, país membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Questionamos o modo como a sociolinguística, ao conceituar língua crioula, atualiza a memória do mito da língua de origem, pura, e significa como variação linguística as diferentes materialidades das línguas cabo-verdiana e portuguesa, silenciando, neste espaço, o político constitutivo da tensa e incontornável relação unidade/diversidade.","PeriodicalId":32932,"journal":{"name":"Fragmentum","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fragmentum","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5902/2179219433708","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Compreendemos mito e verdade como interpretação, isto é, discurso, aqui definido como efeito de sentido entre interlocutores (Pêcheux, 1997). A partir do tema proposto neste número, refletimos discursivamente sobre o conceito de língua crioula pelas relações entre línguas no espaço simbólico de Cabo Verde, país membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Questionamos o modo como a sociolinguística, ao conceituar língua crioula, atualiza a memória do mito da língua de origem, pura, e significa como variação linguística as diferentes materialidades das línguas cabo-verdiana e portuguesa, silenciando, neste espaço, o político constitutivo da tensa e incontornável relação unidade/diversidade.