{"title":"Compreensão responsiva ativa e autonomia relativa do sujeito no ensino e na aprendizagem da escrita: uma análise interpretativista","authors":"W. K. F. Santana, Silvio Nunes da Silva Júnior","doi":"10.5007/1984-8420.2020v21n2p30","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Dentro da área reflexiva e transdisciplinar da Linguística Aplicada (LEFFA, 2001; MOITA LOPES, 2006), este trabalho propõe uma reflexão acerca da compreensão responsiva ativa e da autonomia relativa de alunos inseridos num contexto de ensino e aprendizagem da escrita em língua portuguesa sob a ótica interpretativista. Para tanto, retomamos os conceitos de dialogismo e de compreensão responsiva ativa, formulados nos escritos do chamado Círculo de Bakhtin (VOLÓCHINOV, 2017[1929]; BAKHTIN, 2006 [1979]) e autores subjacentes (SANTANA, 2019; SILVA JÚNIOR; CRUZ, 2019; ZOZZOLI, 2002, 2012), enfatizando a interação discursiva nas práticas sociais, e a noção de autonomia relativa, proposta por Zozzoli (1999, 2006). Na perspectiva qualitativa de pesquisa (ROHLING, 2014; BORTONI-RICARDO, 2008), os dados foram coletados no âmbito de uma instituição pública de ensino básico situada no interior do estado de Alagoas durante o primeiro semestre do ano de 2018. A experiência foi efetuada a partir da leitura de um texto-base, coletado na internet, e consequente momento de produção escrita de textos que versavam sobre o mesmo tema pelos alunos. A análise empreendida revelou que, entre as produções analisadas, apresentam-se graus diferentes de compreensão dos alunos, sem que nenhuma tenha configurado compreensão passiva do sujeito diante do texto-base apresentado. A pesquisa indicou, em linhas gerais, que a abordagem dialógica do professor favorece a construção da autonomia relativa do aluno leitor e produtor de textos, o que ficou evidenciado nas articulações que os sujeitos fizeram da leitura e discussão em sala com aspectos da vida social em seus textos escritos.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Working Papers em Linguistica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2020v21n2p30","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Dentro da área reflexiva e transdisciplinar da Linguística Aplicada (LEFFA, 2001; MOITA LOPES, 2006), este trabalho propõe uma reflexão acerca da compreensão responsiva ativa e da autonomia relativa de alunos inseridos num contexto de ensino e aprendizagem da escrita em língua portuguesa sob a ótica interpretativista. Para tanto, retomamos os conceitos de dialogismo e de compreensão responsiva ativa, formulados nos escritos do chamado Círculo de Bakhtin (VOLÓCHINOV, 2017[1929]; BAKHTIN, 2006 [1979]) e autores subjacentes (SANTANA, 2019; SILVA JÚNIOR; CRUZ, 2019; ZOZZOLI, 2002, 2012), enfatizando a interação discursiva nas práticas sociais, e a noção de autonomia relativa, proposta por Zozzoli (1999, 2006). Na perspectiva qualitativa de pesquisa (ROHLING, 2014; BORTONI-RICARDO, 2008), os dados foram coletados no âmbito de uma instituição pública de ensino básico situada no interior do estado de Alagoas durante o primeiro semestre do ano de 2018. A experiência foi efetuada a partir da leitura de um texto-base, coletado na internet, e consequente momento de produção escrita de textos que versavam sobre o mesmo tema pelos alunos. A análise empreendida revelou que, entre as produções analisadas, apresentam-se graus diferentes de compreensão dos alunos, sem que nenhuma tenha configurado compreensão passiva do sujeito diante do texto-base apresentado. A pesquisa indicou, em linhas gerais, que a abordagem dialógica do professor favorece a construção da autonomia relativa do aluno leitor e produtor de textos, o que ficou evidenciado nas articulações que os sujeitos fizeram da leitura e discussão em sala com aspectos da vida social em seus textos escritos.