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Abstract
As vanguardas do início do século XX e as obras que posteriormente foram por elas influenciadas contribuíram para que a criação literária moderna elaborasse, entre suas formas expressivas, uma vertente antilírica e avessa à vinculação excessiva com a subjetividade autoral. No campo teórico, as reflexões de Roland Barthes e de Michel Foucault contribuíram para repercutir a ideia de que o autor não precede o texto, mas é criado junto com ele. A partir de meados da década de 1990, quando os computadores pessoais e a internet ampliam seu público, a cultura digital levou o universo literário a uma expansão voltada a configurações autorais fragmentadas e participativas, assim como a uma ampliação das demandas colaborativas do leitor. Neste artigo, elaboramos uma reflexão sobre mudanças na compreensão dos papeis do autor e do leitor diante dos textos que circulam no meio digital, a que denominamos de multiplicidade colaborativa.