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Abstract
O ensejo deste artigo é mostrar como o poder político ditatorial do Estado Novo institucionalizou um tipo de discurso historiográfico próximo do seu ideário, através da regeneração de uma defunta academia voltada para a história, desaparecida durante a época moderna. A criação da Academia Portuguesa da História, num momento de estabilização e de reforço dos alicerces do regime autoritário, inscreve-se numa dinâmica de concordância de uma grande parte dos historiadores na matriz conservadora do Estado Novo. Apoderando-se desta remota história institucional, o núcleo de fundadores da instituição, a convite do governo, seguiu entusiasta a linha traçada por ele. Mas rapidamente, a conquista de uma relativa autonomia desta instituição patenteou certas dificuldades, que se multiplicaram ao longo das décadas, devido a um pontual interesse por parte do governo que outrora a criou, provocando um desnorteamento na Academia Portuguesa da História.