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Abstract
Este texto retoma os pressupostos da teoria de segmentação econômica e redes de poder proposta por Michael Taylor e Nigel Thrift, no início dos anos 1980, com o objetivo de proporcionar um arcabouço teórico para explicar as mudanças industriais no espaço. Ao contrário das vertentes estruturalistas e descritivas que à época caracterizavam os estudos na Geografia Industrial, a abordagem da segmentação e redes de poder se inseriu no conjunto de trabalhos de geografia corporativa ou geografia das corporações, cuja preocupação central consistia em restabelecer as organizações empresariais como agentes centrais de mudança econômica. Ao longo do texto, esboçamos as principais características, os pressupostos teórico-metodológicos e os óbices dessa abordagem teórica. Embora a proposta de segmentação e redes de poder apresente alguns problemas (ausências da discussão sobre o Estado e os conflitos capital-trabalho, inovação estática, segmentação determinista etc.), seus pressupostos apóiam na compreensão da diversidade das empresas quanto à escala e escopo de suas operações e à inserção delas numa vasta e complexa rede de relações de poder desiguais.
Palavras-chave: Segmentação econômica, redes de poder, corporações, pequenas empresas.