{"title":"História e Memória","authors":"Carlos Gilberto Pereira Dias","doi":"10.26512/emtempos.v1i39.39363","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A relação entre história e memória tem provocado um dos mais instigantes debates na contemporaneidade. A literatura documental de Svetlana Aleksiévitch e a autoficção de Régine Robin, embora distintas em sua forma, relacionam-se e perpassam inegavelmente por essa reflexão, especialmente quando evocam suas testemunhas de maneira sensível. As escritas de Aleksiévitch e Robin são, sobretudo, um exercício de ressignificação do passado, na medida em que os rearranjos narrativos que as sociedades contam ou se contam sobre o passado têm engessado uma memória manipulada. Na contramão disso, as autoras propõem que espiemos permanentemente através dos interstícios do passado e que tenhamos consciência de que a dinâmica da história consiste efetivamente num fluxo constante.","PeriodicalId":30228,"journal":{"name":"Em Tempo de Historias","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Em Tempo de Historias","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i39.39363","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A relação entre história e memória tem provocado um dos mais instigantes debates na contemporaneidade. A literatura documental de Svetlana Aleksiévitch e a autoficção de Régine Robin, embora distintas em sua forma, relacionam-se e perpassam inegavelmente por essa reflexão, especialmente quando evocam suas testemunhas de maneira sensível. As escritas de Aleksiévitch e Robin são, sobretudo, um exercício de ressignificação do passado, na medida em que os rearranjos narrativos que as sociedades contam ou se contam sobre o passado têm engessado uma memória manipulada. Na contramão disso, as autoras propõem que espiemos permanentemente através dos interstícios do passado e que tenhamos consciência de que a dinâmica da história consiste efetivamente num fluxo constante.