Géssica Price Catarina Tavares, Sandra Cristina da Silva Santana, Antonio Flaudiano Bem Leite, Michelle Figueiredo Carvalho
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Abstract
O peso ao nascer é um marcador das condições intrauterinas e é o fator de maior influência na saúde e sobrevivência da criança recém-nascida. O objetivo foi analisar os fatores socioeconômicos, demográficos e clínicos associados ao baixo peso ao nascer. É um estudo ecológico de múltiplos grupos e analítico, tendo como unidade de estudo os nascidos vivos de mães residentes de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, no período de 2006 a 2014. A fonte de dados foi o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) de domínio público. O processamento do registro de 18.860 declarações de nascidos vivos foi através de tabulações no Tabnet e planilhas eletrônicas, analisados pelo Bioestat versão 5.3. Os principais resultados expressaram que a proporção média anual de baixo peso ao nascer foi 7,3% (7,2%-7,4%) sem tendência de crescimento. Os fatores com fortes associações estatísticas com o baixo peso ao nascer foram: sexo feminino, mães adolescentes e com mais 35 anos e baixa escolaridade, gravidez gemelar, índice baixo Apgar no 1º e 5º minuto, parto cesárea, prematuridade e realização de menos de sete consultas pré-natal. Aponta-se para a importância do investimento na Estratégia de Saúde da Família, focando cuidados durante o pré-natal para que possam contribuir na redução da incidência das gestações de risco ou que minimizem os efeitos deletérios dos problemas surgidos durante a gestação, como forma de reduzir a magnitude desse importante evento de saúde pública.