{"title":"A construção discursiva da política de resistência em Companheiras, de Eneida de Moraes","authors":"Renata Guimarães Cabral Lima, O. Fulaneti","doi":"10.11606/issn.1980-4016.esse.2023.203942","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo objetiva investigar a construção discursiva da política de resistência na crônica Companheiras, da autora Eneida de Moraes (1903–1971), bem como identificar as vozes sociais manifestadas por meio desse discurso. O texto foi escrito na década de 1950, porém relata fatos históricos da década de 1930. Foram selecionados trechos do texto que assinalam o percurso do sujeito confinado na prisão, imobilizado pela repressão, mas encontrando formas para sobreviver e resistir às coerções impostas. Nos fundamentamos nos pressupostos teóricos da Semiótica Francesa, elucidando aspectos narrativos e discursivos, incidências de elementos da vertente tensiva, destacando também o conceito de formas de vida da maneira como o utiliza Fontanille (2015). A análise revela que o discurso de resistência se constrói pela unicidade de vozes sociais que afrontam um sistema de poder autoritário e repressor. É um discurso tecido em ações de resistência coletiva sustentadas nas afetividades e na partilha do mesmo pensamento ideológico em prol de uma nova organização política pautada nos princípios democráticos e na liberdade de expressão. Dessa forma, o trabalho vem contribuir para a compreensão de discursividades que se localizam ideologicamente no campo da política de resistência e de enfrentamentos dos sistemas de poder.","PeriodicalId":30062,"journal":{"name":"Estudos Semioticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Semioticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2023.203942","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo objetiva investigar a construção discursiva da política de resistência na crônica Companheiras, da autora Eneida de Moraes (1903–1971), bem como identificar as vozes sociais manifestadas por meio desse discurso. O texto foi escrito na década de 1950, porém relata fatos históricos da década de 1930. Foram selecionados trechos do texto que assinalam o percurso do sujeito confinado na prisão, imobilizado pela repressão, mas encontrando formas para sobreviver e resistir às coerções impostas. Nos fundamentamos nos pressupostos teóricos da Semiótica Francesa, elucidando aspectos narrativos e discursivos, incidências de elementos da vertente tensiva, destacando também o conceito de formas de vida da maneira como o utiliza Fontanille (2015). A análise revela que o discurso de resistência se constrói pela unicidade de vozes sociais que afrontam um sistema de poder autoritário e repressor. É um discurso tecido em ações de resistência coletiva sustentadas nas afetividades e na partilha do mesmo pensamento ideológico em prol de uma nova organização política pautada nos princípios democráticos e na liberdade de expressão. Dessa forma, o trabalho vem contribuir para a compreensão de discursividades que se localizam ideologicamente no campo da política de resistência e de enfrentamentos dos sistemas de poder.