On the nature of musical scores and the rationale to prepare them: formulating directives

Abstract

Resumo: este artigo investiga a natureza das partituras musicais e o seu papel na comunicação entre compositor e intérprete. Amarrada pela narrativa da revisão de uma antiga partitura problemática, a investigação parte da ênfase dada por Derrida (1982) à ausência no fenômeno da escrita e do conceito de Leitor Modelo de Eco (1979), e sublinha a importância da improvisação no processo criativo e seu impacto no ato da escrita, introduzindo uma noção de hermenêutica a partir da distinção de Barthes (1977) entre Obra e Texto, do conceito de desapropriação poética de Bloom (1975) e da teoria dos atos de fala de Austin (1962), que é utilizada para trabalhar um modelo interpretativo tripartido. Segue-se uma discussão sobre a natureza puramente abstrata de uma composição e os obstáculos envolvidos na transcrição de performances. Durante o curso das discussões, a teoria investigada engendra doze diretrizes para a preparação eficaz de partituras musicais. Abstract: this paper investigates the nature of written musical scores and their role in the communication between composer and performer. Using as thread the narrative of the rewriting of a problematic earlier score, the investigation starts from Derrida’s emphasis of absence in the phenomenon of writing (1982) and Eco’s concept of model reader (1979), and stresses the importance of improvisation in the creative process and its impact in the act of writing, introducing a notion of hermeneutics from Barthes’ distinction between Work and Text (1977), Bloom’s concept of poetic misprision (1975), and Austin’s theory of speech-acts (1962), which is used to create an interpretative tripartite model. There is then a discussion on the purely abstract nature of a composition and the pitfalls involved in the task of transcribing performances. During the course of the discussion, the rationale investigated engenders twelve directives for the effective preparation of musical scores.