{"title":"Belo Horizonte, a cidade modelar: representações da nova capital das Minas Gerais","authors":"Rogério Othon Teixeira Alves","doi":"10.38049/issn.2317-0875v25n2p.163-177","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao se fundar a moderna cidade de Belo Horizonte em 1897, a sua dinâmica revelaria significados que extrapolariam a prancheta dos engenheiros. Com o tempo, aspectos políticos e sociais que forjariam aquela sociedade seriam trazidos nos periódicos da época da nova capital. Quais os sentimentos primários ao se pensar na nova cidade? Havia ideais políticos nela embutidos? Quais as reações e tensões refletidas da antiga capital, Ouro Preto? Quem foram os primeiros belo-horizontinos? Este trabalho buscou em periódicos mineiros, informações que demonstrassem a ideia da construção na nova capital e os desdobramentos decorridos da nova sociedade. A fundação da cidade refletiria supostamente o moderno, o civilizado, o urbano, em contraposição à antiga e atrasada Ouro Preto monarquista. Pelos periódicos e autores consultados, percebeu-se que na mudança de endereço da capital não havia intuito de se negligenciar o orgulho do povo mineiro, depositado nas ideias libertárias dos personagens independentistas da Ouro Preto oitocentista. Se, em princípio, no reino ideológico o objetivo foi sepultar a antiga Ouro Preto embaixo da arrojada Belo Horizonte, na prática, o sujeito que se formava na nova capital, orgulhou-se da grandiosa moderna cidade sem desmerecer o passado, a tradição e a história da antiga.","PeriodicalId":33974,"journal":{"name":"Caminhos da Historia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caminhos da Historia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.38049/issn.2317-0875v25n2p.163-177","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Ao se fundar a moderna cidade de Belo Horizonte em 1897, a sua dinâmica revelaria significados que extrapolariam a prancheta dos engenheiros. Com o tempo, aspectos políticos e sociais que forjariam aquela sociedade seriam trazidos nos periódicos da época da nova capital. Quais os sentimentos primários ao se pensar na nova cidade? Havia ideais políticos nela embutidos? Quais as reações e tensões refletidas da antiga capital, Ouro Preto? Quem foram os primeiros belo-horizontinos? Este trabalho buscou em periódicos mineiros, informações que demonstrassem a ideia da construção na nova capital e os desdobramentos decorridos da nova sociedade. A fundação da cidade refletiria supostamente o moderno, o civilizado, o urbano, em contraposição à antiga e atrasada Ouro Preto monarquista. Pelos periódicos e autores consultados, percebeu-se que na mudança de endereço da capital não havia intuito de se negligenciar o orgulho do povo mineiro, depositado nas ideias libertárias dos personagens independentistas da Ouro Preto oitocentista. Se, em princípio, no reino ideológico o objetivo foi sepultar a antiga Ouro Preto embaixo da arrojada Belo Horizonte, na prática, o sujeito que se formava na nova capital, orgulhou-se da grandiosa moderna cidade sem desmerecer o passado, a tradição e a história da antiga.