Caracterização físico-química dos 5 primeiros milímetros da precipitação obtida de um amostrador para uso na irrigação da agricultura urbana em Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil
{"title":"Caracterização físico-química dos 5 primeiros milímetros da precipitação obtida de um amostrador para uso na irrigação da agricultura urbana em Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil","authors":"Cleidiane Moraes Novais, T. M. Queiroz","doi":"10.1590/s1413-415220210165","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Analisar a qualidade da água pluvial para utilizá-la em práticas de agricultura na região urbana de Tangará da Serra (MT) é essencial como estratégia de desenvolvimento urbano, visto que o município tem enfrentado crise hídrica nos últimos anos. No presente trabalho, objetivou-se classificar a qualidade dos 5 primeiros milímetros da água pluvial para compreender a condição de descarte inicial, avaliando a viabilidade de seu uso na irrigação da agricultura urbana, segundo as diretrizes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), bem como as possíveis fontes geradoras dos compostos químicos mensurados. Para tanto, foram realizadas análises laboratoriais e estatísticas dos parâmetros de qualidade potencial hidrogeniônico, bicarbonatos, condutividade elétrica, total de sais dissolvidos, cálcio, magnésio, dureza total, cloretos, sódio e potássio de amostras coletadas no período de outubro de 2019 a abril de 2020. Os resultados demonstraram que as concentrações dos compostos químicos avaliados foram maiores no milímetro inicial de chuva, melhorando a qualidade da água ao longo da precipitação. A classificação realizada com as diretrizes da FAO mostrou que não há restrição no uso da água pluvial do município para irrigação da agricultura urbana. Entretanto, é possível que tanto fontes com origens naturais quanto antrópicas tenham influenciado nas concentrações dos compostos químicos monitorados. Assim, como a atmosfera local pode fornecer elementos que estão relacionados com a alteração das características naturais da água pluvial, o descarte dos milímetros iniciais para o uso dessa água é uma opção viável para a irrigação de espécies cultivadas no quintal das edificações.","PeriodicalId":11619,"journal":{"name":"Engenharia Sanitaria E Ambiental","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Engenharia Sanitaria E Ambiental","FirstCategoryId":"93","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/s1413-415220210165","RegionNum":4,"RegionCategory":"环境科学与生态学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"WATER RESOURCES","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO Analisar a qualidade da água pluvial para utilizá-la em práticas de agricultura na região urbana de Tangará da Serra (MT) é essencial como estratégia de desenvolvimento urbano, visto que o município tem enfrentado crise hídrica nos últimos anos. No presente trabalho, objetivou-se classificar a qualidade dos 5 primeiros milímetros da água pluvial para compreender a condição de descarte inicial, avaliando a viabilidade de seu uso na irrigação da agricultura urbana, segundo as diretrizes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), bem como as possíveis fontes geradoras dos compostos químicos mensurados. Para tanto, foram realizadas análises laboratoriais e estatísticas dos parâmetros de qualidade potencial hidrogeniônico, bicarbonatos, condutividade elétrica, total de sais dissolvidos, cálcio, magnésio, dureza total, cloretos, sódio e potássio de amostras coletadas no período de outubro de 2019 a abril de 2020. Os resultados demonstraram que as concentrações dos compostos químicos avaliados foram maiores no milímetro inicial de chuva, melhorando a qualidade da água ao longo da precipitação. A classificação realizada com as diretrizes da FAO mostrou que não há restrição no uso da água pluvial do município para irrigação da agricultura urbana. Entretanto, é possível que tanto fontes com origens naturais quanto antrópicas tenham influenciado nas concentrações dos compostos químicos monitorados. Assim, como a atmosfera local pode fornecer elementos que estão relacionados com a alteração das características naturais da água pluvial, o descarte dos milímetros iniciais para o uso dessa água é uma opção viável para a irrigação de espécies cultivadas no quintal das edificações.