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Abstract
A articulação em redes tornou-se com o advento da sociedade informacional uma das principais características dos movimentos sociais contemporâneos. Os movimentos sociais indígenas também articulam-se em redes com outros movimentos sociais e outras entidades da sociedade civil. No caso dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, porém, por conta de suas condições sociais específicas, como a situação de excepcional vulnerabilidade, a incidência do poder tutelar como forma intensiva de controle dos povos e desestruturação de sua organização social e cultural, além das condições específicas da transformação da resistência étnica em ação política nos termos em que esta existe no Ocidente, fazem do recurso à articulação em redes uma estratégia portadora de muitas especificidades. No Mato Grosso do Sul, a articulação dos povos indígenas em redes foi decisiva para a transformação dos processos de resistência étnica para uma forma de resistência e luta na forma sociológica de movimento social. A associação em redes apresenta-se de três formas: a articulação entre diferentes parentelas do mesmo grupo étnico, entre diferentes povos e entre estes e entidades civis e setores do Estado.