{"title":"O design de interiores como prótese de gênero: um estudo sobre ambientes projetados para casais e para crianças","authors":"C. H. Zacar, Marinês Ribeiro dos Santos","doi":"10.35522/eed.v28i3.1026","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo tomamos como objeto de estudo a CASACOR ParanáÒ, mostra de design, arquitetura e paisagismo que ocorre anualmente em Curitiba desde 1994. Analisamos fotografias e textos de apresentação de seis ambientes, expostos entre 1994 e 2018, projetados para o uso compartilhado por casais e por crianças. Procuramos reforçar que o design constitui, em sua prática, scripts de gênero que implicam em prescrições e proscrições que direcionam os usos dos sistemas projetados. Argumentamos ainda que as materialidades resultantes dos processos de design atuam como próteses que produzem sujeitos marcados pelo gênero. A partir desasas premissas, nossas análises evidenciam que as estratégias de individualização e diferenciação aplicadas a ambientes expostos na mostra são consonantes com uma perspectiva normativa das relações de gênero, articulada a modelos de casa e de família que remontam a ideais burgueses novecentistas.","PeriodicalId":34511,"journal":{"name":"Estudos em Design","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos em Design","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35522/eed.v28i3.1026","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo tomamos como objeto de estudo a CASACOR ParanáÒ, mostra de design, arquitetura e paisagismo que ocorre anualmente em Curitiba desde 1994. Analisamos fotografias e textos de apresentação de seis ambientes, expostos entre 1994 e 2018, projetados para o uso compartilhado por casais e por crianças. Procuramos reforçar que o design constitui, em sua prática, scripts de gênero que implicam em prescrições e proscrições que direcionam os usos dos sistemas projetados. Argumentamos ainda que as materialidades resultantes dos processos de design atuam como próteses que produzem sujeitos marcados pelo gênero. A partir desasas premissas, nossas análises evidenciam que as estratégias de individualização e diferenciação aplicadas a ambientes expostos na mostra são consonantes com uma perspectiva normativa das relações de gênero, articulada a modelos de casa e de família que remontam a ideais burgueses novecentistas.