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Abstract
A pandemia de Covid-19 instaura uma das piores crises sanitárias do Brasil, intensificando problemas como o desemprego, de forma que os sujeitos que utilizam aplicativos de entrega ou de transporte de passageiros como fonte de renda são 15% de todos os brasileiros em ofícios informais. Nessas condições de produção, nos perguntamos como o discurso das empresas-aplicativo de delivery significa as relações de trabalho e mobilidade na cidade pandêmica. Pelo dispositivo teórico-metodológico da Análise de Discurso, analisamos materiais das empresas Ifood, 99Food e UberEats, construindo o corpus pelas formulações “#ViverÉUmaEntrega”, “parceiros de entrega” e “Tenha poder de escolha”. Além disso, nos debruçamos sobre as noções de mobilidade densa e rarefeita e de sujeito de dados para refletir a respeito dos (des)vínculos trabalhistas entre empresas de delivery e sujeitos-entregadores nesta conjuntura afetada por um sistema digital que não somente nos atravessa, mas nos constitui.