{"title":"História e etnografia a partir de uma peça cerimonial Mawé: a tábua de paricá","authors":"Marcel Mano","doi":"10.14393/artc-v22-n40-2020-56987","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo busca situar histórica e etnograficamente uma peça coletada no segundo quarto do século XVIII pela expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira. Trata-se da bandeja zoomorfa para a aspiração do pó narcótico paricá colhida entre os Mawé por volta de 1786 e mencionada por Ferreira também entre os Mura, ambos os grupos da área Madeira-Tapajós. Ao remeter tal peça para Lisboa o naturalista procedeu a uma ilustração com uma breve descrição do ritual e uma prancha representativa de seu uso. Embora conhecidos, tanto a bandeja como o ritual, hoje extintos, não foram ainda colocados em relação à história e etnologia dessa área. Assim, a partir de um diálogo entre Antropologia e História este texto apresenta a peça, sua ornamentação e aspectos que envolviam o ritual descritos por Ferreira, relacionandoos a alguns temas da mitologia, da etnografia e da etnohistória do grupo e da área que ocupam.","PeriodicalId":41127,"journal":{"name":"ArtCultura-Revista de Historia Cultura e Arte","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2020-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ArtCultura-Revista de Historia Cultura e Arte","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/artc-v22-n40-2020-56987","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"HUMANITIES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo busca situar histórica e etnograficamente uma peça coletada no segundo quarto do século XVIII pela expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira. Trata-se da bandeja zoomorfa para a aspiração do pó narcótico paricá colhida entre os Mawé por volta de 1786 e mencionada por Ferreira também entre os Mura, ambos os grupos da área Madeira-Tapajós. Ao remeter tal peça para Lisboa o naturalista procedeu a uma ilustração com uma breve descrição do ritual e uma prancha representativa de seu uso. Embora conhecidos, tanto a bandeja como o ritual, hoje extintos, não foram ainda colocados em relação à história e etnologia dessa área. Assim, a partir de um diálogo entre Antropologia e História este texto apresenta a peça, sua ornamentação e aspectos que envolviam o ritual descritos por Ferreira, relacionandoos a alguns temas da mitologia, da etnografia e da etnohistória do grupo e da área que ocupam.