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Abstract
A conhecida aversão de João Cabral de Melo Neto à epistolografia, como atestou Murilo Mendes em carta de 29 de outubro de 1960, não impediu completamente sua adesão ao gênero. No arquivo particular do autor, surpreendentemente encontra-se um expressivo volume de cartas, bilhetes e cartões-postais, que documentam todo o percurso biográfico e literário do poeta e diplomata brasileiro desde os anos 40 até seu desaparecimento, no fim da década de 1990. Desponta desse variado conjunto a correspondência trocada com nomes do século XX português, como Sophia de Mello Breyner Andresen, Alexandre O’Neill, Alberto de Serpa, António Reis, dando-nos a ver não só conversas literárias em torno de seus projetos estéticos e poéticos – ou até da vida íntima –, mas também o processo de recepção da obra cabralina no país. De um ponto de vista privilegiado, os bastidores da cena literária luso-brasileira iluminam aspectos do convívio de João Cabral com poetas, escritores e intelectuais portugueses, entre afinidades e divergências, sem deixar de evidenciar sua posição cimeira no panorama da poesia produzida em língua portuguesa.