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Abstract
Este artigo apresenta uma análise da colaboração de Machado de Assis nas páginas do jornal O Cruzeiro. O estudo da interação dinâmica do autor com o contexto de produção do periódico permite identificar os traços de sua inscrição singular em projetos editoriais coletivos e os resultados criativos decorrentes da apropriação do conjunto de discursos, códigos e signos que formam a cultura de seu tempo. A dominante estilística do material remetido ao jornal consiste no humor, na paródia, na experimentação formal e na irreverência crítica – aspectos que responderiam pela inscrição da literatura machadiana na tradição da sátira menipeia. Com a análise dessa narrativa, pretende-se demonstrar, portanto, que O Cruzeiro afirma-se como mediador e suporte, por excelência, dos exercícios experimentalistas que resultaram na transformação da prática criativa de Machado de Assis ao final da década de 1870.