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Abstract
O Serviço Nacional de Saúde assenta sobre três pilares essenciais que permitem que toda a população tenha acesso à saúde. Contudo, nos últimos anos temos vindo a assistir à sua constante reformulação e degradação, não só do sistema como também dos seus profissionais. Estamos hoje mais ocupados a encontrar respostas rápidas para problemas colossais, que se evidenciam a cada novo desafio, do que a proteger a saúde dos utentes e dos profissionais. Além da parca gestão dos cuidados de saúde no geral, estamos a assistir a um implodir dos serviços de urgência que entregam a primeira resposta a muitos utentes. Estamos ainda a perpetuar um clima de catástrofe na formação dos médicos internos que atravessam estes serviços durante a sua formação. São recebidos como mão-de-obra extra, que suporta parte destes serviços, desacompanhados, sem experiência em serviço de urgência e sem qualquer tutoria.Este artigo de perspetiva salienta esta vivência na primeira pessoa e alerta para a forma como temos vindo a permitir que se pratique a medicina no serviço público, que compromete a saúde dos seus utentes, bem como dos seus profissionais.