Raquel Brites, Anabela Carvalho Rodrigues, Filipa Carneiro Cunha, C. Ferreira
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Abstract
Este caso pretende realçar a importância de não descurar a anamnese em tempos de pandemia e a familiarização com os sintomas sugestivos de abstinência de antidepressivos.Mulher, 41 anos, com antecedentes de síndrome depressiva e hipertiroidismo. Medicada diariamente com paroxetina 20 mg, bisoprolol 2,5 mg e tiamazol 5 mg. Por autoiniciativa, suspendeu de forma abrupta a paroxetina, que cumpria há 3 anos. Passados 3 dias, iniciou quadro de tonturas, dispneia, cansaço, dor abdominal e diarreia. Dado o contexto de casos de infeção por SARS-CoV-2 no local de trabalho, foi pedido o teste laboratorial para SARS-CoV-2 cujo resultado foi negativo. No âmbito da vigilância TraceCOVID-19, a utente referiu a suspensão da paroxetina tendo tido indicação para retoma imediata, com consequente regressão total das queixas.O caso descrito mimetiza a clínica de uma infeção COVID-19, enfatizando, assim, a complexidade do diagnóstico da síndrome de abstinência de paroxetina.