{"title":"Epistemologia do traduzir: normas de uso e sua descrição 'a parte post'","authors":"P. S. Oliveira","doi":"10.22409/gragoata.v24i49.34106","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Discutem-se aqui traços fundamentais das condições de possibilidade para ato tradutório, como reflexão teórica de cunho pragmático e perspectivista, entre o essencialismo da tradição e o relativismo pós-moderno. Tais aspectos remetem a uma epistemologia do traduzir tributária, dentre outros, da epistemologia do uso desenvolvida por Arley Moreno a partir da terapia conceitual de Ludwig Wittgenstein e da noção de estilo de Gilles Gaston Granger. A discussão parte do conceito de normas tradutórias de Gideon Toury e duas críticas que lhe foram dirigidas, sob diferentes perspectivas: (1) sociologia da tradução; (2) desconstrução. Pano de fundo argumentativo é o entendimento de que a abordagem de Toury é plenamente compatível com a concepção de linguagem do Wittgenstein tardio, não somente na aplicação da noção wittgensteiniana de semelhanças de família ao campo da tradução, mas também na forma como mobiliza o conceito de norma subjacente ao uso que se quer descrever. Defende-se que as normas tradutórias no sentido de Toury explicitam o caráter a parte post que Granger atribui aos fenômenos do estilo e que Moreno investiga na função transcendental da linguagem. Por fim, sugere-se que os polos adequação vs. aceitabilidade na proposta de Toury revelam dois momentos lógicos no processo tradutório: analogia inicial (entre o que é diferente) e acomodação digital na chegada.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Gragoata-UFF","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/gragoata.v24i49.34106","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Discutem-se aqui traços fundamentais das condições de possibilidade para ato tradutório, como reflexão teórica de cunho pragmático e perspectivista, entre o essencialismo da tradição e o relativismo pós-moderno. Tais aspectos remetem a uma epistemologia do traduzir tributária, dentre outros, da epistemologia do uso desenvolvida por Arley Moreno a partir da terapia conceitual de Ludwig Wittgenstein e da noção de estilo de Gilles Gaston Granger. A discussão parte do conceito de normas tradutórias de Gideon Toury e duas críticas que lhe foram dirigidas, sob diferentes perspectivas: (1) sociologia da tradução; (2) desconstrução. Pano de fundo argumentativo é o entendimento de que a abordagem de Toury é plenamente compatível com a concepção de linguagem do Wittgenstein tardio, não somente na aplicação da noção wittgensteiniana de semelhanças de família ao campo da tradução, mas também na forma como mobiliza o conceito de norma subjacente ao uso que se quer descrever. Defende-se que as normas tradutórias no sentido de Toury explicitam o caráter a parte post que Granger atribui aos fenômenos do estilo e que Moreno investiga na função transcendental da linguagem. Por fim, sugere-se que os polos adequação vs. aceitabilidade na proposta de Toury revelam dois momentos lógicos no processo tradutório: analogia inicial (entre o que é diferente) e acomodação digital na chegada.