BACIA DO PANTANAL REVISITADA: UMA ESTRUTURA DO TIPO RIFTE RELACIONADA COM A MIGRAÇÃO PARA SUL DA SUBDUCÇÃO SUB-HORIZONTAL DOS ANDES ENTRE O PALEÓGENO E NEÓGENO
Iara Sena Rocha, Rômulo Machado, Christiano Ribeiro dos Santos Júnior, J. R. S. Oliveira, Dhonatan Diego Pessi, Eduardo Salamuni, Amarildo Salina Ruiz, Antônio Conceição Paranhos Filho
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Abstract
A Bacia do Pantanal é considerada uma bacia sedimentar do território brasileiro em processo tectônico de subsidência e com atividade sísmica atual. Portanto, este artigo tem como objetivo sintetizar as principais hipóteses e mecanismos disponíveis na literatura que explicam a origem tectônica da Bacia do Pantanal. Trabalhos de geofísica (gravimetria) consideram a Bacia do Pantanal como desenvolvida na porção mais distal de uma bacia de antepaís (foreland), tanto nas zonas de forebulge como na de back-bulge. De acordo com estes modelos, a Bacia do Pantanal teria sido formada como resultado da elevação e extensão flexural da crosta superior em regime de deformação rúptil, o qual reativou mecanicamente estruturas do embasamento que constituem o Cinturão Paraguai Neoproterozoico. Os autores sugerem que a arquitetura da bacia é o resultado da migração contínua para leste da cunha orogênica acoplada e do sistema de bacia de antepaís (foreland) desde o Cretáceo Superior até o Paleoceno. Discute-se neste trabalho que a origem da Bacia do Pantanal está associada a eventos ocorridos nos Andes, onde a mudança para sul da subducção sub-horizontal nos Andes Centrais, entre o Paleógeno e o Neógeno, afetando as regiões do sul do Peru e o norte da Bolívia (segmento do Altiplano) e do sul da Bolívia ao norte da Argentina (segmento Puna), foi responsável neste período pela evolução tectônica dessa porção andina e também pela reativação rúptil de estruturas do embasamento da borda da placa Sul-Americana.