{"title":"Educação de saias coloridas: aprender espanhol com mulheres da América Latina","authors":"Márcia Paraquett","doi":"10.22409/GRAGOATA.V26I56.48706","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Minha proposta é discutir a base para a organização de um currículo intercultural para línguas estrangeiras, em especial para o espanhol. Dentre tantos aspectos relevantes, interessa-me incluir o atravessamento de gênero e de raça que afetam, particularmente, as variantes culturais latino-americanas. Ressalto que sempre houve a presença de muitas mulheres na educação de nosso continente, embora a maior visibilidade tenha sido dada aos homens, algumas vezes de maneira muito justa, como é o caso de Paulo Freire, Anísio Teixeira e Florestan Fernandes. No entanto, precisamos colocar saias na educação, destacando categorias e nomes como Catherine Walsh (2005), com quem compartilho a concepção de Interculturalidade; Ana Pizarro (2004), que me ajuda a definir a América Latina como espaço cultural; Nilma Lino Gomes (2012), Ana Lúcia Silva Souza (2016) e Silvia Rivera Cusicanqui (2010a, 2010b), que alertam para a necessidade de os currículos se aterem às relações étnico-raciais. Esclareço que não tenho a pretensão de defender nenhum discurso excludente, mas pensar numa educação que se paute em discursos de mulheres que sejam interculturais ou descoloniais.","PeriodicalId":40605,"journal":{"name":"Gragoata-UFF","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Gragoata-UFF","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/GRAGOATA.V26I56.48706","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Minha proposta é discutir a base para a organização de um currículo intercultural para línguas estrangeiras, em especial para o espanhol. Dentre tantos aspectos relevantes, interessa-me incluir o atravessamento de gênero e de raça que afetam, particularmente, as variantes culturais latino-americanas. Ressalto que sempre houve a presença de muitas mulheres na educação de nosso continente, embora a maior visibilidade tenha sido dada aos homens, algumas vezes de maneira muito justa, como é o caso de Paulo Freire, Anísio Teixeira e Florestan Fernandes. No entanto, precisamos colocar saias na educação, destacando categorias e nomes como Catherine Walsh (2005), com quem compartilho a concepção de Interculturalidade; Ana Pizarro (2004), que me ajuda a definir a América Latina como espaço cultural; Nilma Lino Gomes (2012), Ana Lúcia Silva Souza (2016) e Silvia Rivera Cusicanqui (2010a, 2010b), que alertam para a necessidade de os currículos se aterem às relações étnico-raciais. Esclareço que não tenho a pretensão de defender nenhum discurso excludente, mas pensar numa educação que se paute em discursos de mulheres que sejam interculturais ou descoloniais.