{"title":"Textualidade, oralidade e materialidade: reflexões sobre hermenêutica e arqueologia","authors":"Roberto Wu","doi":"10.4013/fsu.2023.242.12","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\n\nQuais os limites da contribuição da hermenêutica de Hans-Georg Gadamer aos estudos arqueológicos? Tal questão, aparentemente marginal e de somenos, pois suscitada pela sua aplicabilidade em outra área de conhecimento, toca, segundo nos parece, as esferas fundamentais da realização da linguisticidade (textualidade, escrita, oralidade, corporeidade e arte) e conduz a uma reflexão sobre o estatuto do vestígio (ou rastro), tema que parece mostrar certos entraves em sua proposta filosófica. Uma análise sobre a abordagem gadameriana de vestígio mostra que tal conceito é submetido à ordem da textualidade, o que implica que a produtividade de sentido advinda da materialidade possua um caráter secundário. Em vista disso, o presente artigo aventa a hipótese de que a tese gadamariana sobre a linguisticidade não é imediatamente ajustável à arqueologia oriunda da cultura material e conclui sugerindo que o vestígio possui um caráter pré-reflexivo que ultrapassa os limites da textualidade.\n\n\n","PeriodicalId":41989,"journal":{"name":"Filosofia Unisinos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Filosofia Unisinos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4013/fsu.2023.242.12","RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"PHILOSOPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Quais os limites da contribuição da hermenêutica de Hans-Georg Gadamer aos estudos arqueológicos? Tal questão, aparentemente marginal e de somenos, pois suscitada pela sua aplicabilidade em outra área de conhecimento, toca, segundo nos parece, as esferas fundamentais da realização da linguisticidade (textualidade, escrita, oralidade, corporeidade e arte) e conduz a uma reflexão sobre o estatuto do vestígio (ou rastro), tema que parece mostrar certos entraves em sua proposta filosófica. Uma análise sobre a abordagem gadameriana de vestígio mostra que tal conceito é submetido à ordem da textualidade, o que implica que a produtividade de sentido advinda da materialidade possua um caráter secundário. Em vista disso, o presente artigo aventa a hipótese de que a tese gadamariana sobre a linguisticidade não é imediatamente ajustável à arqueologia oriunda da cultura material e conclui sugerindo que o vestígio possui um caráter pré-reflexivo que ultrapassa os limites da textualidade.