Marcelo Santana Ferreira, Gabriel Lacerda de Resende
{"title":"Baudelaire, Benjamin, a modernidade: uma ética?","authors":"Marcelo Santana Ferreira, Gabriel Lacerda de Resende","doi":"10.17851/2179-8478.13.2.207-227","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo aborda uma das possíveis relações entre o pensamento de Walter Benjamin e parte da obra de Charles Baudelaire. Considera-se que a defesa da crítica no pensamento de Benjamin assenta-se na relação dialética entre distância e proximidade, que também se exprime na formulação de sua concepção de história materialista. Ao se indicar diferentes momentos da obra de Benjamin, defende-se que o pensador evoca o que havia reconhecido em Baudelaire: a definição de modernidade como uma atitude. Por intermédio desta interpretação, busca-se defender que, a partir de sua leitura de Baudelaire, Benjamin considera que a tarefa do crítico e do historiador materialista seja a de, inicialmente, fundar uma distância em relação a sua própria época, ao mesmo tempo em que se reconhece aquilo que lhe identifica. Distância e proximidade subsidiam, portanto, a articulação de uma ética, apreensível em distintos momentos da obra de Benjamin.","PeriodicalId":40147,"journal":{"name":"Cadernos Benjaminianos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos Benjaminianos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.207-227","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo aborda uma das possíveis relações entre o pensamento de Walter Benjamin e parte da obra de Charles Baudelaire. Considera-se que a defesa da crítica no pensamento de Benjamin assenta-se na relação dialética entre distância e proximidade, que também se exprime na formulação de sua concepção de história materialista. Ao se indicar diferentes momentos da obra de Benjamin, defende-se que o pensador evoca o que havia reconhecido em Baudelaire: a definição de modernidade como uma atitude. Por intermédio desta interpretação, busca-se defender que, a partir de sua leitura de Baudelaire, Benjamin considera que a tarefa do crítico e do historiador materialista seja a de, inicialmente, fundar uma distância em relação a sua própria época, ao mesmo tempo em que se reconhece aquilo que lhe identifica. Distância e proximidade subsidiam, portanto, a articulação de uma ética, apreensível em distintos momentos da obra de Benjamin.