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Abstract
A partir das considerações de Eni Orlandi, em Discurso e leitura (2012), e de Eduardo Guimarães, em Semântica, enunciação e sentido (2018), pensamos em como a diferenciação feita entre enunciador e autor pode nos apontar para um outro gesto de leitura sobre a obra Quarto de despejo (1960), de Carolina Maria de Jesus. Buscamos problematizar processos de leitura que acabam por apagar a heterogeneidade da atividade enunciativa e ignorar a divisão do “sujeito que diz” em mais de uma posição do/no texto. Questionando o trabalho de leitura com Quarto de despejo que opera uma impressão de unidade sobre ser “autora negra, pobre e favelada”, tomamos o funcionamento da obra em outra perspectiva, a discursiva, podemos observar o compreensível (ORLANDI, 2012) a partir do qual o leitor, enquanto efeito, se faz e problematiza a própria condição de produção de sua leitura.
从埃尼·奥兰迪(Eni Orlandi)在《话语与阅读》(2012)和爱德华多·吉马良斯(Eduardo Guimarães)在《语义学、发音与意义》(2018)中的思考中,我们思考了发音者和作者之间的区别如何将我们引向卡罗琳娜·玛丽亚·德·热苏斯(Carolina Maria de Jesus)的作品《Quarto de evijo》(1960)的另一种阅读姿态。我们试图将阅读过程问题化,最终消除发音活动的异质性,忽略“说话主体”在文本中多个位置的划分。在质疑Quarto de Evejo的阅读作品时,我们从另一个角度来看待作品的功能,即话语,我们可以观察到读者作为一种效果,对其阅读的生产条件提出质疑。