Larissa de Araújo Correia Teixeira, R. Costa, Roberta Machado Pimentel Rebello de Mattos, D. Pimentel
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Abstract
RESUMO Objetivo: O objetivo desta pesquisa é verificar a prevalência de sintomas de sofrimento psíquico em estudantes do curso de Medicina durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e exploratório que avaliou 656 estudantes do curso de Medicina do Brasil. Os dados foram coletados, em maio e junho de 2020, por meio de dois instrumentos autoaplicáveis. O primeiro foi um questionário elaborado pelos próprios autores para avaliar o perfil social, demográfico e cultural da população. Para o rastreamento de indícios de sofrimento psíquico, utilizou-se o Self-Report Questionnaire, um questionário com 20 itens divididos em quatro domínios. Durante a análise de dados, as associações entre variáveis categóricas foram testadas por meio do teste qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A prevalência de indivíduos com indícios de sofrimento psíquico foi de 62,8%. São fatores de risco para o adoecimento mental durante a pandemia da COVID-19: ser do sexo feminino, estar nos dois primeiros anos do curso, relatar má adaptação ao ensino a distância, apresentar dificuldade de concentração, preocupar-se com o atraso da graduação, ter um diagnóstico prévio de transtorno mental, morar com alguém que precisa trabalhar fora de casa, ser incapaz de manter hábitos saudáveis e ter medo de ser infectado pelo vírus. Conclusão: Este estudo demonstrou que os indícios de sofrimento psíquico estão elevados entre estudantes de Medicina durante a pandemia da COVID-19. Além disso, também foi possível concluir que há fatores protetores para o adoecimento mental.
期刊介绍:
O Jornal Brasileiro de Psiquiatria se insere em programas de educação continuada e atualização e tem como missão divulgar trabalhos de pesquisa (realizados em instituições brasileiras e estrangeiras) cujos resultados tenham potencial para a investigação e prática clínica no campo da Psiquiatria. Criado em 1938, foi publicado até 1950, sob o título “Anais do Instituto de Psiquiatria”, sem periodicidade regular.