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Abstract
O artigo trata da polêmica questão: seriam os desastres indícios da crise do capitalismo? O capitalismo passou por múltiplos estágios ao longo da história e, em sua última fase, mais global, temos o neoliberalismo que, dos anos 1980 em diante, se desenvolve em resposta ao keynesianismo e ao estado de bem-estar. Mas esse neoliberalismo tem expressões e relações com outras facetas como a globalização, o capitalismo financeiro e continua em transição para o que hoje se chama de capitalismo cibernético. Assim, a questão dos desastres como indicadores de crise exige que desagreguemos o significado e a realidade do neoliberalismo como prática. E depois disso, é preciso relacioná-lo com os fatores de risco que emergem na prática dessa ideologia particular em termos de economia. E, então, ter a habilidade de entender como o risco foi construído e, consequentemente, quando esse risco atinge as condições do desastre dado, qual seu papel e como ele indica relação com a crise do capitalismo, baseando-se na compreensão do processo de construção social do risco.
Palavras-chave: Capitalismo, crise, desastres sistêmicos, construção social do risco.