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Abstract
Inspirados pelo centenário da semana de arte moderna que se comemora em 2022, este artigo dedica-se à análise do poema que abre o livro lançado por Mário de Andrade em 1922, Paulicéia Desvairada. Com o auxílio das reflexões da semiótica discursiva, buscamos lançar luz sobre o soneto que se esconde por trás dos versos livres de “Inspiração”. Em defesa desse percurso de leitura, que tenciona imanência e aparência, convocamos a dimensão mereológica da significação, ou seja, a influência das relações entre partes e totalidade. Nesse sentido, a leitura do poema em questão é permeada pelos outros textos que compõem a obra, entre eles o “Prefácio interessantíssimo” que indica instruções para uma poética que guia a leitura do restante do livro. Assim, ao promovermos uma análise duplamente imanente do poema, que, sem subjugar a leitura a dados externos, deixa o texto revelar as estruturas internas que compõem sua poeticidade (e modernidade), tentamos prestar uma homenagem que escape dos tons biográfico e histórico que, com seus méritos, parecem dominar os louros deste centenário.
受2022年现代艺术周百年纪念的启发,本文致力于分析mario de Andrade在1922年出版的书pauliceia Desvairada的开篇诗歌。在话语符号学反思的帮助下,我们试图阐明隐藏在自由“灵感”诗句背后的十四行诗。为了捍卫这条包含内在和表象的阅读路径,我们呼吁意义的货币维度,即部分与整体之间关系的影响。从这个意义上说,这首诗的阅读被构成作品的其他文本所渗透,包括“prefacio interessantissimo”,它指出了指导阅读书其余部分的诗学指导。促进,从而分析有内在的那首诗,是没有固定阅读的外部数据,让文本内部结构组成的poeticidade(现代化),试图致敬排气音调的传记和历史,有了这个优点,掌握信贷晚宴。