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Abstract
Nas zonas rurais, o desenvolvimento é reorientado de forma a valorizar os recursos locais - físicos e socioculturais - com o objetivo de reter os benefícios na área o máximo possível. Os objetivos de desenvolvimento são definidos com base nas necessidades, capacidades e perspectivas dos agentes locais, enquanto a participação da população é um princípio fundamental e uma estratégia de ação. A pluralidade e heterogeneidade de agentes e interesses é, portanto, característica marcante da estratégia de qualidade territorial, cujo desenvolvimento e implementação costuma envolver a contribuição de diversas figuras econômicas. Neste ensaio, identificamos e discutimos a pluralidade de funções-chave que as redes podem desempenhar nos processos de desenvolvimento rural endógeno. A zona rural e seus processos de desenvolvimento endógeno, evidenciados pelos dois casos analisados - do agriturismo e da valorização dos produtos de origem - podem ser interpretados respectivamente como uma rede de redes, mais ou menos formalizada, resultantes de suas interações. Em particular, identificamos a função de construir conexões entre capitais para criar significados, ou seja, capital simbólico, caracterizado pelo desenvolvimento de funções econômicas / organizativas, pela criação e compartilhamento de padrões internos e gestão de bens comuns territoriais; soma-se a isso uma metafunção, uma governance eficaz da relação entre os agentes.