{"title":"Fundamentos microdinâmicos do subdesenvolvimento: aportes evolucionários à teoria da dependência de Celso Furtado","authors":"Andrey Hamilka Ipiranga, Marcelo Arend","doi":"10.5007/2175-8085.2020.e78056","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo objetiva revisitar o conceito de dependência cultural e de subdesenvolvimento de Celso Furtado a partir do approach evolucionário, mas especificamente através das abordagens institucionalista e neo-schumpeteriana, Nossa hipótese de trabalho é a de que a dependência cultural pode ser entendida como uma instituição histórica, uma espécie de hábito cognitivo de larga duração. O hábito da modernização de padrões de consumo estrangeiros é uma forma de aprisionamento institucional-cognitivo, que constrange o desenvolver da criatividade no agentes econômicos locais. Tal aprisionamento institucional restringe a dinâmica inovativa das empresas nacionais, pois desenvolvem-se em um sistema econômico onde a estrutura de incentivos premia ações imitativas em detrimento de processos de busca por inovações disruptivas. Temporalmente, o hábito emulador dos agentes locais, enraizado secularmente nos processos cognitivos da sociedade, leva as empresas a desenvolverem “genes pouco criativos”, limitando-as em termos microdinâmicos a liderarem a dinâmica competitiva schumpeteriana.","PeriodicalId":52943,"journal":{"name":"Textos de Economia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Textos de Economia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-8085.2020.e78056","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo objetiva revisitar o conceito de dependência cultural e de subdesenvolvimento de Celso Furtado a partir do approach evolucionário, mas especificamente através das abordagens institucionalista e neo-schumpeteriana, Nossa hipótese de trabalho é a de que a dependência cultural pode ser entendida como uma instituição histórica, uma espécie de hábito cognitivo de larga duração. O hábito da modernização de padrões de consumo estrangeiros é uma forma de aprisionamento institucional-cognitivo, que constrange o desenvolver da criatividade no agentes econômicos locais. Tal aprisionamento institucional restringe a dinâmica inovativa das empresas nacionais, pois desenvolvem-se em um sistema econômico onde a estrutura de incentivos premia ações imitativas em detrimento de processos de busca por inovações disruptivas. Temporalmente, o hábito emulador dos agentes locais, enraizado secularmente nos processos cognitivos da sociedade, leva as empresas a desenvolverem “genes pouco criativos”, limitando-as em termos microdinâmicos a liderarem a dinâmica competitiva schumpeteriana.