{"title":"A ‘INVENÇÃO’ DO ANTROPOCENTRISMO: UMA ABORDAGEM DECOLONIAL","authors":"S. Tavares","doi":"10.20911/21768757v54n2p419/2022","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Propomo-nos, aqui, uma abordagem decolonial do antropocentrismo, em três momentos. No primeiro, analisaremos a separação \"Natureza\" e \"culturas\" e \"humanos\" e \"não-humanos\", dualismos típicos do antropocentrismo, invenção da modernidade/colonialidade. No segundo, concentrar-nos-emos na instituição do \"direito natural\" como \"direito dos povos\", para arbitrar conflitos entre Estados-nações em seus respectivos projetos coloniais. No terceiro, indagaremos acerca da imprescindibilidade de se \"voltar aquém\" do dualismo \"Natureza/culturas\" no intuito de nos libertarmos do círculo vicioso no interior do qual vivemos aprisionados. Na conclusão, em alternativa às atitudes de exterioridade, superioridade e instrumentalidade típicas do antropocentrismo moderno/colonial, proporemos relações de pertença, interação e cuidado para com todas as expressões de vida do planeta: humanos, seres vivos e entes que povoam o cosmos. Trata-se de privilegiar relações e movimentos em contínuo processo de composição entre organismos, espécies e coletivos.","PeriodicalId":53827,"journal":{"name":"Perspectiva Teologica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2022-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Teologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20911/21768757v54n2p419/2022","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Propomo-nos, aqui, uma abordagem decolonial do antropocentrismo, em três momentos. No primeiro, analisaremos a separação "Natureza" e "culturas" e "humanos" e "não-humanos", dualismos típicos do antropocentrismo, invenção da modernidade/colonialidade. No segundo, concentrar-nos-emos na instituição do "direito natural" como "direito dos povos", para arbitrar conflitos entre Estados-nações em seus respectivos projetos coloniais. No terceiro, indagaremos acerca da imprescindibilidade de se "voltar aquém" do dualismo "Natureza/culturas" no intuito de nos libertarmos do círculo vicioso no interior do qual vivemos aprisionados. Na conclusão, em alternativa às atitudes de exterioridade, superioridade e instrumentalidade típicas do antropocentrismo moderno/colonial, proporemos relações de pertença, interação e cuidado para com todas as expressões de vida do planeta: humanos, seres vivos e entes que povoam o cosmos. Trata-se de privilegiar relações e movimentos em contínuo processo de composição entre organismos, espécies e coletivos.