Nicole Cristina de Almeida Gonçalves, R. Santos Junior, M. C. Miyazaki, L. Santos, Júlio César André, Lilian Castiglioni
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Abstract
Resumo: Jovens em ensino superior são mais vulneráveis ao aparecimento de sintomas psicológicos diante do contexto de COVID-19. Não só a pandemia, como a adaptação à realidade do ensino remoto e demais dificuldades podem afetar o bem estar dos universitários. Por isso, esse estudo buscou investigar a percepção de bem-estar e saúde mental de universitários que realizaram ensino remoto durante a quarentena. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo. Utilizou-se o instrumento "Questionário sobre percepção do isolamento social por universitários durante quarentena da COVID-19". Por meio da técnica por amostragem de referência os universitários divulgaram o link de acesso ao questionário online a seus pares. Participaram 497 estudantes, a maioria mulheres (74,69%) com média de idade 21,71 (DP=2.85), matriculados em Instituição de Ensino Superior pública (IES) (72.89%). Encontrou-se correlação positiva e significante (p<0.0001) para prejuízo no desempenho acadêmico pela adesão ao Ensino Remoto Emergencial e a percepção negativa na saúde mental e no bem-estar. Nos dados qualitativos, foram identificados percepção de maior ansiedade (15.35%), estresse (7.3%) e alteração do sono (7.67%) nos participantes. Cerca de 91.96% dos participantes estão engajados em práticas de auto cuidado e gerenciamento emocional. Portanto, os resultados convergem com a literatura e implicam que o ensino remoto pode impactar negativamente sobre o bem-estar e gerar insegurança quanto à qualidade e solidez da formação acadêmica. Os dados desse estudo sugerem que as instituições implementem atividades preventivas em relação à saúde mental dos estudantes e adequem o ensino remoto a fim de reduzir o sofrimento identificado.