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Abstract
Este artigo constrói o panorama francês da leitura de Hegel. Percorremos a relação que subsiste entre consciência e negatividade através de Alexandre Kojève e Jean Hyppolite a fim de chegar a Merleau-Ponty, de modo a vislumbrar duas interpretações distintas da obra hegeliana. A primeira, dualista e “antropológica”, aloca a negatividade produtora da história e do sentido na consciência humana; a outra, de cunho monista, não distingue entre uma esfera meramente “natural” e outra propriamente “humana”, sendo que a negatividade passa a ser princípio da realidade em si mesma. Essa segunda interpretação permite traçar um paralelo com Merleau-Ponty, uma vez que este autor não contrapõe Ser e Nada em sua fenomenologia, tratando o tema da negatividade de forma análoga a Hyppolite. Veremos como a noção de “fenômeno” em Merleau-Ponty admite uma imbricação entre negativo e positivo. Trata-se aqui, portanto, de investigar a absorção da questão da negatividade presente, na Fenomenologia do Espírito de Hegel, pela filosofia francesa.