{"title":"Educação e deficiência visual: análise da produção científica sobre o desenvolvimento da linguagem escrita","authors":"Fabiana Alvarenga Rangel, S. L. Victor","doi":"10.18593/r.v47.27442","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo objetiva discutir a produção científica brasileira no que se refere aos conhecimentos produzidos sobre o desenvolvimento da linguagem escrita de crianças com deficiência visual, oriunda de trabalhos de teses e dissertações presentes no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, abrangendo o período de 1987 a 2018. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sustentada especialmente em estudos vigotskianos sobre o desenvolvimento da linguagem escrita. Os resultados se assentam em 46 pesquisas, sendo organizados e discutidos em dois eixos: sobre processos, abordando questões teórico-metodológicas; sobre objetos, subdividido em oito categorias: recursos didáticos; imagem; processo e contexto educacional; ensino de língua portuguesa; desempenho e apropriação da leitura e/ou da escrita; processos psíquicos; políticas e formação docente. Da discussão, destacam-se: aumento gradativo de pesquisas que visam à proposição de recursos de tecnologia digital; deslocamento gradual de pesquisas voltadas para a testagem de habilidades fonológicas e de percepção tátil para pesquisas que abordam a temática pelo viés da prática docente conduzida por investimentos na literatura infantil, na narrativa, na interação social, embora com pequena expressividade dos processos implicados na brincadeira da criança com deficiência visual; manutenção do Sistema Braille como centro das propostas de apropriação da leitura e da escrita, ao lado de discussões em torno da desbrailização; e emergência, nos últimos anos, de estudos sobre funções psíquicas e suas relações com o desenvolvimento e aprendizado do aluno com deficiência visual. Em linhas gerais, a análise indica um deslocamento de antigos modelos teórico-metodológicos para modelos que vão na direção da humanização desse alunado.\n ","PeriodicalId":30183,"journal":{"name":"Roteiro","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Roteiro","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18593/r.v47.27442","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo objetiva discutir a produção científica brasileira no que se refere aos conhecimentos produzidos sobre o desenvolvimento da linguagem escrita de crianças com deficiência visual, oriunda de trabalhos de teses e dissertações presentes no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, abrangendo o período de 1987 a 2018. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sustentada especialmente em estudos vigotskianos sobre o desenvolvimento da linguagem escrita. Os resultados se assentam em 46 pesquisas, sendo organizados e discutidos em dois eixos: sobre processos, abordando questões teórico-metodológicas; sobre objetos, subdividido em oito categorias: recursos didáticos; imagem; processo e contexto educacional; ensino de língua portuguesa; desempenho e apropriação da leitura e/ou da escrita; processos psíquicos; políticas e formação docente. Da discussão, destacam-se: aumento gradativo de pesquisas que visam à proposição de recursos de tecnologia digital; deslocamento gradual de pesquisas voltadas para a testagem de habilidades fonológicas e de percepção tátil para pesquisas que abordam a temática pelo viés da prática docente conduzida por investimentos na literatura infantil, na narrativa, na interação social, embora com pequena expressividade dos processos implicados na brincadeira da criança com deficiência visual; manutenção do Sistema Braille como centro das propostas de apropriação da leitura e da escrita, ao lado de discussões em torno da desbrailização; e emergência, nos últimos anos, de estudos sobre funções psíquicas e suas relações com o desenvolvimento e aprendizado do aluno com deficiência visual. Em linhas gerais, a análise indica um deslocamento de antigos modelos teórico-metodológicos para modelos que vão na direção da humanização desse alunado.