{"title":"“Na perda da opinião, arriscase um reino” Historiografia, guerra e opinião coletiva no Antigo Regime (séculos XVIXVII)","authors":"M. Loureiro","doi":"10.5433/1984-3356.2020v13n25p21","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo se debruça sobre algumas das condições adstritas ao empreendimento da guerra nos séculos XVI e mormente XVII, para identificar e analisar o papel das tentativas de conformação de opinião no desenrolar de conflitos. Assim, em uma primeira parte, examina a ausência de uma estratégia coesa para a guerra; as dificuldades de recrutar e de financiar; e ainda os constrangimentos para decidir. A segunda parte propõe um balanço historiográfico indicativo e correlato à questão da opinião coletiva na modernidade, seguido de um estudo de caso para a monarquia portuguesa, vinculado às discussões em torno da entrega de Pernambuco em 1648. A ênfase reside na península ibérica e suas conquistas ultramarinas, embora exemplos da península itálica e principalmente de França possam ser elencados. Uma das conclusões é a de que é necessário esmaecer a lógica de uma doutrina militar para se compreender os conflitos da modernidade, prisma consoante à produção de uma história militar recente.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2020-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antiteses","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2020v13n25p21","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo se debruça sobre algumas das condições adstritas ao empreendimento da guerra nos séculos XVI e mormente XVII, para identificar e analisar o papel das tentativas de conformação de opinião no desenrolar de conflitos. Assim, em uma primeira parte, examina a ausência de uma estratégia coesa para a guerra; as dificuldades de recrutar e de financiar; e ainda os constrangimentos para decidir. A segunda parte propõe um balanço historiográfico indicativo e correlato à questão da opinião coletiva na modernidade, seguido de um estudo de caso para a monarquia portuguesa, vinculado às discussões em torno da entrega de Pernambuco em 1648. A ênfase reside na península ibérica e suas conquistas ultramarinas, embora exemplos da península itálica e principalmente de França possam ser elencados. Uma das conclusões é a de que é necessário esmaecer a lógica de uma doutrina militar para se compreender os conflitos da modernidade, prisma consoante à produção de uma história militar recente.