G. R. E. Souza, L. O. Zambeli, Vinícius Parma Ruela, A. C. Silveira, Maria Eduarda De Lima Maia, G. Freitas, Julia Machado Vieira, Vitor Fernandes Alvim
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Abstract
Introdução: Evidências experimentais, assim como estudos clínicos, sugerem a redução da lesão cerebral e melhora do desfecho neurológico, em recém-nascidos com encefalopatia isquêmica hipóxica (EHI) submetidos à hipotermia terapêutica (HT). Objetivo: Verificar a potencialidade da terapia hipotérmica de encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) na asfixia neonatal, com base em dados da literatura, comparando os benefícios entre o resfriamento seletivo da cabeça (RSC) e o resfriamento de corpo inteiro (RCI), visto que o uso de hipotermia terapêutica (HT) como tratamento padrão em recém-nascidos com EHI moderada ou grave tem sido amplamente adotada. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed e SciELO de estudos em humanos, utilizando-se as palavras-chave “Therapeutic Hypothermia”, “Induced Hypothermia”, “Hypoxic-Ischemic Encephalopathy”, “selective head cooling”, “whole body cooling” e suas respectivas variáveis. Resultados: Foram selecionados 11 artigos para compor a revisão, após leitura detalhada. É consenso, a redução do risco de morte ou incapacidade aos 18 meses de vida nos neonatos com EHI moderado a grave, submetidos à HT através das técnicas de RCI ou RSC. Constatou-se diante dos estudos que não há diferença em termos de efeitos adversos entre os dois métodos. Quanto às alterações radiológicas, as lesões hipóxico-isquêmicas e incidência de convulsões após o resfriamento são mais frequentes com o RSC. Conclusão: Tanto RCI quanto o RSC demonstraram propriedades neuroprotetoras, embora o RCI proporcione uma área de proteção cerebral mais ampla. No entanto, não foram constatadas diferenças significativas entre os métodos quanto a efeitos adversos e a resultados benéficos em curto e longo prazo.