Elen Soares Marques, N. M. Filho, Marcia Elena Rabelo Gouvea, Paula dos Santos Ferreira, L. Nogueira
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Abstract
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Dor cronica e o principal motivo para consultas de profissionais de saude e tem sido considerada como um problema de saude publica. Varios pacientes com dor cronica devem desenvolver o predominio de sensibilizacao central. Pacientes com sensibilizacao central devem ser avaliados atraves do modelo biopsicossocial. O objetivo deste estudo foi avaliar o comprometimento fisico e psicossocial de mulheres com dor cronica que apresentam predominio de sensibilizacao central. METODOS: Um estudo transversal foi conduzido com mulheres com dor cronica que apresentam predominio de sensibilizacao central. Cinquenta e sete pacientes com dores musculoesqueleticas participaram da triagem. Mulheres com dor cronica de natureza neuropatica e com dor localizada em mais de tres locais, incluindo tronco, membro superior e inferior tambem foram incluidas. Sensibilizacao central foi definida pela classificacao da dor baseada em seu mecanismo. Dezoito pacientes foram identificados e preencheram um questionario com caracteristicas socio-demograficas, intensidade de dor, funcionalidade, qualidade de vida, cinesiofobia e catastrofizacao. Foi realizada a analise estatistica descritiva e a correlacao entre as variaveis. RESULTADOS: Todos as participantes apresentavam dor sete vezes por semana e 88,9% foram classificadas como dor intensa. Foi observado elevado nivel de catastrofizacao e cinesiofobia. Houve uma forte correlacao entre catastrofizacao e cinesiofobia (Rho=0,864, p<0,01). O componente mental do questionario de qualidade de vida evidenciou moderada correlacao com catastrofizacao (Rho=-0,611, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=-0,646, p<0,01). Houve moderada correlacao entre a intensidade de dor e a catastrofizacao (Rho=0,628, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=0,581, p=0,01). Nenhuma correlacao entre idade, componente fisico da qualidade de vida, funcionalidade e duracao da dor foi observada. CONCLUSAO: A qualidade de vida e a intensidade da dor estiveram mais relacionadas com os fatores psicossociais do que a funcionalidade em mulheres com dor musculoesqueletica cronica com predominio de sensibilizacao central.