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Abstract
Na historiografia do arco de violino, é comum defrontar-se com a concepção de uma sequência linear e progressiva em seu desenvolvimento no transcorrer dos séculos, marcada pelo aperfeiçoamento de um espécime rudimentar rumo à perfeição do arco moderno. Violinistas referenciais do século XIX, como Woldemar e Baillot, bem como o historiador Fétis, desenvolveram quadros que ensejam a caracterização de uma evolução do arco. Trata-se, no entanto, de uma noção marcada pelo pensamento positivista. Essas imagens, amplamente reproduzidas em livros e artigos, cristalizaram uma realidade distinta daquela apresentada pela tratadística e pela iconografia dos séculos XVII ao XIX. Neste artigo, procuramos demonstrar, por meio de extensa revisão bibliográfica e análise iconográfica, que inúmeros modelos de arco coexistiram na prática musical entre 1600 e 1850 – tendo em vista a diversidade das necessidades impostas pelos instrumentistas, gêneros e estilos –, e que uma compreensão histórica destes, somente através de um prisma evolutivo, seria reducionista.