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Abstract
Focalizando corpos utópicos de mulheres que se escrevem e se expõem em manifestações sociais, em uma forma de luta política, valemo-nos fundamentalmente de dois estudos de Michel Foucault acerca do corpo utópico e da escrita de si com o objetivo de descrever e analisar discursos materializados na pele, efêmeros nas ruas, mas perenes nas mídias sociais. Lemos e interpretamos precisamente a escrita de dois enunciados – Não é não e Meu corpo, minhas regras - mobilizados como estratégias de luta política para reivindicar o próprio corpo, esse que, durante muito tempo, permaneceu invisível na história, preso a tecnologias de poder que o regularam mediante normas e valores de ordem moral, ética, estética e científica. O corpo utópico das manifestantes que escrevem em si, ao serem disseminados, vistos, curtidos e compartilhados milhares de vezes nas redes sociais, faz proliferarem os discursos que reinventam as mulheres na construção da sua narrativa histórica e nas suas possíveis práticas de liberdade.